quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Salve Geral!


Bom, vou continuar com o meu velho hábito de postar minhas opiniões dos filmes, mas tentarei ser um pouco mais divertida!!

A bola da vez, ou devo dizer, o tiro da vez, é o filme Salve Geral, do diretos Sérgio Rezende, responsável por diversos filmes que foram baseados em fatos reais,. A novidade é a sua indicação ao grupo de filmes que podem ser escolhidos, para quem sabe, entrarem na categoria de melhor filme estrangeiro.

Imaginem uma sala razoavelmente grande, então a imaginem quase vazia. Esse foi o cenário que me encontrei quando fui assistir o filme, uma sala de mais de trezentos lugares, abrigando apenas umas vinte pessoas, pior eram o engraçadinho na frente que aplaudiam e berravam no filme. Mas devo admitir que me surpreendi com o filme, ele foge dos "padrões" de filmes brasileiros, principalmente aqueles que mostram polícia e/ou bandidos.


Quando se fala em filmes onde há traficantes e/ou policiais já vem na cabeça o trio básico:

  1. Drogas.

  2. Palavrões

  3. Sexo

Mas isso não ocorre nesse filme, pelo menos não em excesso. Isso que me entusiasmou, quem sabe assim mude, ao menos um pouco, a imagem do Brasil, de país de irracionais sedentos de sangue e sexo, que se comunicam apenas com palavrões. Porque na maioria dos nossos filmes que relatam a nossa “realidade” é isso que encontramos.


O filme é muito bom, mas depois de ouvir algumas palmas irônicas e algumas risadas maldosas comecei a pensar que quem sabe nós próprios temos a imagem desse tal Brasil que vemos nos filmes. Tá certo que o motivo pelo qual o Rafael filho de lúcia, a “heroína' contra as regras, é preso é bem bobinho, mas não quer dizer que não aconteça e é uma prova que pode haver laços entre classes diferentes e que não depende apenas de condições e de raça.


Lúcia é mãe de Rafael e acaba se metendo com pessoas do comando para tentar ajudar o filho que está preso. Sua vontade de ajudar o filho ultrapassa qualquer senso moral e ela é capaz de tudo, mas não permite que seu filho faça NADA de errado. Isso pode a tornar meio que hipócrita, porém, sua hipocrisia é explicada pelo seguinte fato, diferente dela ele está preso, logo, qualquer coisa de errado que ele fizer só o atrapalhará e aumentará ainda mais a sua pena.


O interessante do filme é que junta uma realidade com uma ficção e não deixa parecer algo alienígena. Característica do diretor. Vale a pena assistir, mas preparem-se para passar um bom tempo na cadeira, o filme tem cerca de duas horas de duração, o começo é meio parado, mas depois melhora bastante e não te deixa desviar o olha. Mesmo que o fim pareça óbvio, cuidado, vocês podem surpreender.


Nesse filme pelo menos há uma visão diferente de todos os outros, a protagonista questiona em um certo momento a importância que damos aos fatos e o que fazemos para mudá-los, e mostra uma visão, meio que ruim, da classe média alta.


Quem sabe o nosso cinema possa ter inovações e nós podemos mudar a nossa imagem, só depende de nós, não pensem na música do Criança Esperança. Nós temos cultura, isso é inegável, mas quem sabe menos vaias e risos irônicas possa nos ajudar e mudando a nossa visão mudamos as dos outros.



sábado, 3 de outubro de 2009

Apenas uma opinião!

Estava lendo o jornal algum tempo atrás e lá estava falando sobre o grande sucesso das comédias românticas brasileiras. Filmes como A Mulher Invisível, Os Normais, Se eu fosse você, etc. Falava que os brasileiroas pareciam estar consados do antigo estilo brasileeiro de drama ou violência.

Não sei se eu sou meio estranha mas eu já havia reparado nisso há algum tempo. Eu digo por mim, afinal eu vou ao cinema para me entreter, para me divertir e ver algo que me interesse. Não gosto te ver verdade, afinal já vejo a mesma todos os dias nos jornais e revistas. Pode parecer que eu queria me enganar, mas eu me defendo da seguinte maneira, por que pagar por algo que eu vejo, com bastante sensacionalismo, na tv? Caso eu queira ver violência ela está presente em todos os lugares, não precisa de muita coisa. É claro que com mínimos detalhes e bem de pertinho não dá. Mas eu prefiro ficar de longe.

Eu adoro filmes de comédia e gosto principalmente quando não estou com muito ânimo, existe coisa melhor do que rir!? Quando você ri parece que um peso sai das suas costas e você se sente mais leve, pelo menos é o que eu acho.

Toda vez que ouvia alguém falar mal de filmes brasileiros eu ficava bem chateada, afinal há filmes tão bons mas com tão pouco publicidade que só os ruins aparecem. Aí algum tempo passa e uma série de filmes bons saem e eles dizem que é novidade?! Caraca, então todos os outros filmes que eu vi são pura ilusão. Tem tanto filme bom mas que não faz sucesso, só os que tem atores globais ou patrocinio elevado.

Por amar a arte do cinema eu busco sempre estar por dentro do que acontece, porém devo assumir que é bem difícil, cinema anda ficando caro e saber sobre ele fica meio difícil com tanta fonte incoerente!!

Comédia Romântica sempre teve no Brasil, só que não eram vendidas com tanto ardor como são hoje. Será que toda essa propaganda por filmes brasileiros vai ajudar a elevar, ao menos um pouco, a auto-estima do nosso cinema!?